Ética na Escola como uma crítica e busca de justificativa às normas/regras/valores que nascem da Moral e do Direito. Ética na Escola como uma reflexão à ação dos parâmetros educacionais, legais, morais na história do tempo presente. Se Moral dita regras/valores à cultura social assimilados pelo povo como uma garantia para viver bem; Direito regulamenta, através das leis, o conjunto do povo, ao qual se denominou sociedade, dentro da base territorial do Estado; Ética, este capítulo da Filosofia, de conceito diverso ao Direito e Moral (conceituados acima), contextualiza-se com vigilância epistêmica (que é do que carece a sala de aula na escola contemporânea) às questões gerais do que é justo ou injusto, do que é bom ou mau. Ética na Escola como espaço de liberdade e felicidade na construção do conhecimento para gerar outros conhecimentos que comprovarão ou refutarão os conhecimentos anteriores. E com isto, com esta Ética na Escola, ganhará o lugar cheio de história (o espaço escolar) e a sociedade na qual a unidade escolar existe. (MARCELLO RICARDO ALMEIDA, 1990).








Gênero na aprendizagem escolar

Marcello Ricardo Almeida tem a opinião de que todos devem atentar ao perigo na escola dos diagnósticos, previsões e profecias: “Esse aluno é TDA/H/ADD, aquela aluna Ritalina!” Qual a culpa do establishment educativo, da organização educacional? Cérebros diferentes são iguais as aprendizagens em escolas diferentes? O que os cromossomas sexuais têm a ver com isto? Eis o X ou o Y da questão. Por que nas meninas, a parte

cerebral que comanda linguagem e habilidade amadurece antes dos meninos? A compensação ou não é a de que o campo cerebral (nos meninos) que comanda visão e memória espacial amadurece antes das meninas. De um lado, a adrenalina; do outro, a acetilcolina. Se para os meninos é importante o movimento, para meninas cores e texturas. Há dois mundos distintos. No artigo de Serrano , comentando as pesquisas do médico e psicólogo norte-americano Sax, autor do livro “Por questões de gênero. O que pais e professores precisa
m saber sobre a Ciência Emergente das diferenças de sexo ”, crianças são medicadas com problemas patológicos por “ignorância em relação às diferenças de gênero” (sic). Que lição se extrai das velho-novas pesquisas científicas?
A instabilidade familiar, a clareza às crianças sobre as diferenças, as diluições de conceitos, a hibridez do ser ou não ser nos espaços sociais, a distância das responsabilidades e acompanhamentos com vínculos parentais, pois, no artigo de Serrano, “há poucos adultos perto de meninos e meninas, do mesmo sexo, que sejam uma referência para eles”. Ausência de planejamento? Exigências dos tempos modernos? Lei de quem se obriga a sobreviver na selva de pedras? O que se dizer dos ambientes hipersexualizados ao qual se refere Sax? Aonde vai gênero na aprendizagem escolar e a pesquisa do Dr. Sax? Ensina a pensar? Com a palavra: pais e
professores.

Muitas vezes, para evitar o que (nesta Situação Dois – Fase A – da peça do dramaturgo Marcello Ricardo Almeida , “Bullying: não bulam comigo”, publicada no livro “Teatro na Escola: no método Teatro-Feijão-Com-Aroz”, da editora Multifoco, RJ, repita-se nalgumas escolas. Acredito que a escola, disse o dramaturgo, tem muito a ganhar com a dramaturgia e o lúdico na construção dos processos cognitivos. E para continuarmos reflexionando sobre esta temática:
SITUAÇÃO DOIS

FASE A – Na escola do Cabeça.

PROFESSORADOCABEÇA: Atenção, crianças! Vamos recapitular a lição de hoje.
COLEGASDOCABEÇA: Vamos!
PROFESSORADOCABEÇA: A lição dos diagnósticos pra rotular um aluno.
COLEGASDOCABEÇA: Sim!
PROFESSORADOCABEÇA: Crianças! Alunos! Crianças!COLEGASDOCABEÇA: Oi, professora!
PROFESSORADOCABEÇA: Vocês podem gritar mais alto, crianças? Tod@s!
COLEGASDOCABEÇA: Podemos!
PROFESSORADOCABEÇA: Então, lá v@i!
COLEGASDOCABEÇA: M@nda!
PROFESSORADOCABEÇA: Vamos reduzir a normalidade, crianças?
COLEGASDOCABEÇA: Vamos!
PROFESSORADOCABEÇA: Vamos espremê-la?COLEGASDOCABEÇA: Vamos, sim!
PROFESSORADOCABEÇA: Pô-la dentro duma caixa de fósforos.
COLEGASDOCABEÇA: Sim!
PROFESSORADOCABEÇA: Quem tem excesso de energia sofre de quê?COLEGASDOCABEÇA: Sofre de transtorno de déficit de atenção!
PROFESSORADOCABEÇA: Ou o quê?
COLEGASDOCABEÇA: Ou de hiperatividade, fessora!
PROFESSORADOCABEÇA: Ótimo, crianças!
COLEGASDOCABEÇA: Vamos pra próxima?
PROFESSORADOCABEÇA: Vamos. E um nível insuficiente de energia?
COLEGASDOCABEÇA: Sofre de depressão!
PROFESSORADOCABEÇA: E os que protestam em excesso?
COLEGASDOCABEÇA: Sofrem do transtorno passivo-agressivo!
PROFESSORADOCABEÇA: Ou? Ou? Vmos, crianças! Ou, ou? Ou?COLEGASDOCABEÇA: Ou da falta de assertividade!
PROFESSORADOCABEÇA: Muito bem, cranças! Poristo que eu gosto desta turma.
COLEGASDOCABEÇA: Viv@@@@@@@@@@@@@!
PROFESSORADOCABEÇA: O excesso de atenção aos detalhes é?
COLEGASDOCABEÇA: Um comportamento obsessivo!
PROFESSORADOCABEÇA: E o excesso à ideia de agradar os outros é?
COLEGASDOCABEÇA: Também comportamento obsessivo, fessora!
PROFESSORADOCABEÇA: E a falta de interesse às pessoas?
COLEGASDOCABEÇA: É um comportamento anti-social!
PROFESSORADOCABEÇA: Vamos continuar diagnosticando a saúde?COLEGASDOCABEÇA: Vamos, fessora! Vamos! Vamos!
PROFESSORADOCABEÇA: Qual é a pergunta, hem, Cabeça? Você que tem um braço levantado no meio de seus coleguinhas. Alguma dúvida, hem, Cabeça? Como gosta de interromper minhas aulas! Pergunte, Cabeça. Tá esperando o quê? Pergunte!
CABEÇA: De que doença sofria Cristóvão Colombo, fessora?
PROFESSORADOCABEÇA: Quer me desafiar, Cabeça?
CABEÇA: Não, professora.
PROFESSORADOCABEÇA: Continue. Quero ver aonde vai chegar.CABEÇA: De que doença sofria Colombo, quando insistiu em atravessar o mar Tenebroso? E Santos-Dumont, que doença sofria quando quis inventar o avião? E Leonardo Da Vinci?
PROFESSORADOCABEÇA: Classe, pra que vaiar o Cabeça?
COLEGASDOCABEÇA: Eeeeeeh! O Cabeça é um. Vovó chama esse tipo, aí, de piolho-de-jorvina.



"Ética na Escola: teoria e prática no cotidiano escolar" de Marcello Ricardo Almeida é um diálogo com as ciências sociais. Todo ideal é possível. A escola não tem o direito de negar a si própria a utopia, tampouco de negar a utopia aos outros; é assim que o jurista Marcello Ricardo Almeida inicia seu livro sobre Ética na Escola. Qual a formação ética que os alunos recebem na escola contemporânea? Qual a educação moral que as escolas oferecem na história do tempo presente aos alunos? "Ética na Escola" divide-se numa parte teórica sobre ética no cotidiano escolar, e uma parte prática com exercícios por meio de peças teatrais à escola básica, desde o ensino fundamental.






Marcello Ricardo Almeida, autor várias vezes premiado, leva à escola sua experiência como dramaturgo desde 1975 com teatro na escola sobre ausência de ética na família; temáticas variáveis e sucessivas, para cada qual uma peça diferente – teatro para questionar a antropologia da violência; um monólogo de uma não-ética para si – e as manifestações da fibromialgia, da Síndrome de Burnout e do assédio moral; sobre a história de um invadir o espaço do outro; a dramaturgia na escola a respeito da ausência de um debate sobre ética/moral ou moral/ética.






Peça teatral acerca do bullying (entre os alunos); um teatro do descobrir ou não descobrir os motivos da bagunça em sala de aula. Todos os alunos chegam à escola cheios de criatividade. Inclusive, a liberdade de criação é uma das vantagens legais da criança e do adolescente; porém, com o tempo, no ensino fundamental e médio, os métodos educativos se tornam áridos. Então, a criatividade é sufocada. Só alguns discentes, alguns alunos questionadores, sem medo de enfrentarem problemas, conseguem atravessar o Saara do ensino-aprendizagem. Na escola autoritária é mais cômodo educar através da coerção e do autoritarismo. Nunca pela persuasão. Porque tudo é impositivo. Desde o “faça-se!”, até o “cumpra-se!”. Em um ambiente, via de regra, sem diálogo. Só monólogo. Em nome da disciplina, do silêncio, do medo. Ignorando as atitudes orgânico-psicológicas das crianças e dos adolescentes. A escola utópica é a escola que ainda não é uma escola ética, edificada eticamente em teoria e prática, todavia é a escola que poderá vir a ser o espaço democrático para problematizar moral e ética na educação.


1. Administrar. 2. Assédio Moral. 3. A discussão da ética na área pedagógica. 4. Avaliação. 5. Alteridade. 6. Bagunça em sala de aula. 7. Bulliyng. 8. Castigar. 9. Chamada. 10. Conselho de Classe. 11. Contratação de Professores. 12. Debate sobre quem ensina e quem educa. 13. Desvio de função. 14. Diretores de Escola. 15. Domínio de Classe. 16. Educação. 17. Educar. 18. Energia. 19. Eficácia das práticas na sala de aula. 20. Escola. 21. Expulsar. 22. Faixa Etária. 23. Gênero. 24. Indisciplina. 25. Informação. 26. Mercantilismo. 27. Nota. 28. Aula. 29. Progressão Automática. 30. Queixa Crime. 31. Recursos Humanos. 32. Regras. 33. Respeito aos Professores. 34. Sem conhecimento. 35. Serviço Público. 36. Sindicância. 37. Só entra. 38. Síndrome de Burnout. 39. Cidadania. 40. Teoria do Conhecimento.

Outros títulos:




Direitos e Responsabilidades na área educacional nas legislações: Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90); Constituição Federal (5 de outubro de 1988); LDB (Lei 9.394/96). Livro adotado em várias Universidades na disciplina Estrutura e Funcionamento do Ensino.






Ideias Políticas de Filosofia Educacional, 1998.





Sobre Educação, Florianópolis, EdUFSC, 2004. As histórias do Prof. Macarrão e os motivos do Ensino Macarrônico. Segundo a Professora Tânia Regina de Oliveira Ramos, do Conselho Editorial da Editora da UFSC, os contos reunidos neste livro são marcados pela ironia, pela graça e pelo humor inteligente e acessível, principalmente no que se refere à crítica social. Segundo ela, são textos que poderiam ser utilizados em escolas de nível médio e em bibliotecas escolares. Com apresentação de Adriano Zanotto, Presidente da OAB/SC.



Destina-se a criar uma reflexão ampla acerca deste assunto apresentado; e procura traduzir um pensamento de constantes indagações. Ocupa o caminho da natureza do ser humano. Um ser humano que precisa se educar. Através das informações nos livros, as pessoas encontrarão o caminho da vida sob sem-número de aspectos sendo inquiridos.








O Dente Cariado de MonaLisa, Florianópolis, Literatura em Santa Catarina, 2004. No comentário de Júlio de Queiroz, da Academia Catarinense de Letras, ler Marcello Ricardo Almeida é ficar estonteado; para um velho leitor acostumado a podar, a polir, a apreciar a estética japonesa do galho e da folha, esta floresta tropical de expressões, este trançado opulento de tantas situações, mais que surpresa, é um rasgar cortinas. Há um gosto de jeito novo no seu modo de fazê-lo. É a linguagem renovando-se? Esta resposta lhe será dada por seus leitores - que desejo sejam muitos - pois há uma sensibilidade refinada nos meandros da floresta exuberante.








Literatura de Marcello Ricardo Almeida
http://www.youtube.com/watch?v=5fM1v5EFrms

Teatro Marcello Ricardo Almeida
http://www.youtube.com/watch?v=RqE_-oF9DUU

Artigo http://monumentospublicosemsantacatarina.blogspot.com/












Sobre Gêneros Literários, 2002.







Teoria Literária e Crítica ao Estudo da Literatura e da Arte como proposição analítica aos novos leitores, escritores, poetas e dramaturgos.

As Ruas, 1992.